Conheça a história do município de Bugre
A cidade de Bugre foi ?descoberta? pelos posseiros (trabalhadores rurais que têm a posse da terra, mas não possuem o documento legal de propriedade da mesma) Antônio Marques, Gico Santos e Chico Chumbo, que chegaram ao local em 1909.
Publicado em 23/12/2016 17:24 - Atualizado em 26/09/2017 12:48
A cidade de Bugre foi ‘descoberta’ pelos posseiros (trabalhadores rurais que têm a posse da terra, mas não possuem o documento legal de propriedade da mesma) Antônio Marques, Gico Santos e Chico Chumbo, que chegaram ao local em 1909.
Imagem da Cidade do Bugre - MG
Estes não foram os primeiros habitantes da cidade, pois aqui já residiam tribos indígenas. De acordo com relatos de antigos moradores, os índios fugiram devido às invasões de terras e não teriam deixado descendentes no local. Embora os índios tenham se afastado da região, eles estão marcados na trajetória da cidade, já que o nome Bugre veio de uma tribo indígena homônima.
Os posseiros que chegaram à região encontraram, além dos índios, algumas famílias. Há relatos de que cinco famílias viviam na localidade. Dentre elas as famílias de dois fazendeiros: Francisco Antunes, que morava na rua que hoje tem seu nome, na casa de nº 66; e João Pedro, que vivia próximo à rua Alcides Costa. O caboclo apelidado Bugre residia em Palhoça, na saída para a fazenda do senhor Gico Santos, hoje dos herdeiros do senhor Jordão Martins Teixeira.
Os primeiros moradores da região, que futuramente seria o município de Bugre, foram desmatando as florestas e construindo suas moradias feitas de taipas barreadas. Algumas cobertas de telhas, outras de tabuinhas.
A partir de 1910 os fazendeiros doaram uma parte de suas terras para o patrimônio e então outras famílias vieram, formando um pequeno povoado. Com isso o comércio se desenvolveu rapidamente. O posseiro Antônio Marques se estabeleceu com lojas de tecido, bebidas, enlatados e farmácia de manipulação.
A partir do momento em que o arraial foi se desenvolvendo, os fazendeiros construíram suas famosas moradias. Eram grandes, com duas salas amplas, vários quartos, duas cozinhas, janelas e portas grandes, assoalhadas e algumas forradas de madeiras. As paredes eram decoradas conforme o uso da época.
Os padrões eram muito autoritários, os empregados submissos, mal assalariados e sem amparo legal. Nas fazendas trabalhavam as empregadas domésticas, tropeiros, capadeiros, vaqueiros e vários diaristas para o trabalho do campo. Os empregados casados residiam em barracos no patrimônio. Os solteiros viviam na casa grande feita de tábuas, em frente à fazenda - alguns no próprio terreno.
por Assessoria de Comunicação